Estarei a Moderar o segundo painel do dia 29 de Maio do 1º Fórum Internacional de Gestão Artística e Cultural, a partir do convite da organização:
14.30 | Políticas Culturais 1º Painel: Parcerias Culturais Públicas e Público Privadas Maria José Guerreiro (Vereadora da Cultura da Câmara Municipal Viana do Castelo) Odete Patrício (Directora-Geral da Fundação Serralves) Moderador: Hélder Dias (Docente ESEVC/IPVC) 15.20 | Tea –Break 15.45 2º Painel: Da vida cultural às Industrias Culturais e Criativas Eduardo Paz Barroso (FCHS da Universidade Fernando Pessoa, Porto) Tito Cardoso e Cunha (FLA da Universidade da Beira Interior) Moderador: Alexandre A. R. Costa (Artista e Comissário. Docente ESEVC/Doutorando. Actualmente Bolseiro F.C.T.) Local | Museu de Arte e Arqueologia - Viana do Castelo
Apresentação do livro La Cultura Transversal: colaboraciones entre arte, ciencia y tecnología, no Consello de Cultura Galega.
Livro produzido após o encontro internacional: Contextos Transversales: Colaboraciones entre arte, ciencia y tecnología. --
Entre os artigos de diversos intervenientes, poder-se-á encontrar a minha contribuição:
– COSTA, Alexandre. [2009]. “Sobre um fantasma vencedor e um desembarque em suspenso! Apontamentos sobre Utopia, Entropia e Prática Artística” in La Cultura Transversal - colaboraciones entre arte, ciencia y tecnología. Edição Universidade de Vigo y Xunta de Galicia, pp 237-267.
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Consello da Cultura Galega
Pazo de Raxoi, 2º andar - 15705 Santiago de Compostela - A Coruña
Teléfono: +34 981957202 Fax: +34 981957205
Integrada na exposição "nice to see you ms hollow", proponho uma instalação instável - um trabalho que se estende à curadoria e se converte em sistema colaborativo e aberto. Num formato "invertido" de ilha da utopia (Thomas More), esta instalação, que se propõe funcionar como um espaço expositivo, recebeu a participação de 13 pequenos trabalhos de 13 artistas, entre os quais, Hugo Brito, que no término da exposição, me lançou um desafio - desenvolver uma acção na água da referida instalação, a partir dos elementos representativos do seu trabalho individual: pode ver-se + imagens em:
http://www.hmbri.to/
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Solução / Solution
Instalação / Performance
PT
"o que podes fazer perante o desaparecimento da Utopia?"
- uma proposta de Alexandre A.R. Costa
IPVC - Viana do Castelo
24-03-2010 a 25-04-2010
“Uma solução floculante permite agregar partículas dispersas na água fazendo com que se precipitem.
Para realizar esta acção foi necessário utilizar as partículas libertas pelas peças presentes na instalação colectiva.
O objectivo foi pavimentar o fundo da cratera da Ilha da Utopia com uma nova topografia. Uma arquitectura sem margens, sem locais mais altos ou mais baixos, sem passado ou algo afundado, uma planície abissal.”
Hugo Brito agradece a Alexandre A. R. Costa pelo trabalho performativo executado no término da sua exposição.
EN
"What can you do facing the disappearment of utopia?
- a proposal made by Alexandre A.R. Costa
A flocculant solution causes aggregation of dispersed particles in water and allows them to precipitate.
To perform this action the particles released from the other pieces present in the collaborative installation were used.
The aim was to pave the bottom of the Utopia island crater with a new topography. An architecture without borders, without higher or lower places, no past, nothing sunken, an abyssal plain.
CRÉDITOS FOTOGRÁFICOS Ana Serra Alexandre A. R. Costa / Instalação Talk Talk / Open System1 (Detalhes) na exposição "...nice to see you Ms. Hollow" . 24 de Março de 2010
"...nice to see you Ms. HOLLOW!" é o nome da minha próxima exposição.
Inauguração - 24 de Março (Quarta-feira) pelas 21h30m na Galeria - Oficina Cultural - Instituto Superior Politécnico de Viana do Castelo.
PRESS-RELEASE
O Instituto Superior Politécnico de Viana do Castelo apresenta, através da sua Galeria - Oficina Cultural, “Nice to see you Ms. Hollow”, uma exposição do artista Alexandre A. R. Costa (Braga 1973), no Edifício do Centro Académico desta Instituição. Esta exposição que reúne várias linguagens / suportes, como a Instalação, Escultura, Desenho, Fotografia, Vídeo, Performance, conta ainda com um projecto especial e inédito denominado "Que podes fazer perante o desaparecimento da Utopia?", resultante de um processo de trabalho de artista que se estende ao território da curadoria. A colaboração nesse projecto e o seu resultado serão visíveis no dia de inauguração. A participação neste projecto chega-nos de três países - Portugal, Alemanha e Espanha - por intermédio dos artistas: Ana Serra, Augusto Costa, Carol Oliveira, Hugo Brito, Javier Tudela, Jorge Fernando dos Santos, Juanjo Fuentes, Martín Caeiro, Miguel Seabra, Paulo Mendes, Pedro Cabral Santo, Ruben Freitas e Tiny Domingos.
Com produção da Oficina Cultural e sob um plano combinado de prática e comissariado do próprio artista, “Nice to see you Ms. Hollow” reúne um conjunto de obras indicativo da complexidade e multiplicidade da actividade de A. R. Costa. A exposição foca trabalhos resultantes da exploração do conceito de “Utopia”, a partir da leitura da célebre obra de Thomas More com o mesmo nome, confrontando-o com ideias de entropia, complexidade, sistema aberto e real. As obras apresentadas são inéditas e demonstrativas do processo de pesquisa em curso do artista. “Nice to see you Ms. Hollow” traduz-se, portanto, numa circunstância singular para ingressar no processo de trabalho inaudito de Alexandre A. R. Costa e descobrir o momento e situação da sua obra.
Alexandre A. R. Costa discorre sobre o mundo actual através de uma perspectiva sistémica e de não fácil acesso, sendo que essa visão se destaca pela apropriação e problematização de iconografias representativas de uma sociedade acrítica, global, consumista e de comunicação. A partir sempre do pressuposto da construção do projecto artístico, a leitura de autores do campo da filosofia, como Wittgenstein, Virilio, Baudrillard ou Perniola, ou de autores relacionados com a física quântica, a teoria dos sistemas, ou a teoria da informação, como Bertalanffy, Shannon, Prigogine, Bernoulli ou Heisenberg, são exemplo das motivações a uma dissecação das incertezas e instabilidades na actualidade dos sistemas do cultural, do social, do real por parte de A. R. Costa. Neste processo crítico, auto-crítico e muitas vezes com uma forte impressão irónica, o artista promove uma reflexão sobre os valores actuais, a forma como nos olhamos a nós próprios e a própria arte, assim como problematiza sobre a precisão do habitáculo e definição desta, apresentando-nos uma prática entrópica reveladora da actual e difícil figura do real e da sua vinculação ao caos.
Para compreendermos melhor este artista e o seu processo de trabalho, há uma outra pista: não há em A. R. Costa um artista pátrio no sentido deste ser confinado ao estudo da cultura portuguesa; há, sim, um artista português que cruza criticamente (confrontando-os) o pensamento maquinal global com a contingência de uma definição da identidade de ser artista nos nossos dias, e isto ele vê-o independentemente das tradicionais fronteiras sociais e culturais. Estes trabalhos apresentam-se convocando formalmente tanto objectos de utilização do nosso quotidiano social com latência sígnica decadente, assim como “desconstruções” compostas a partir de materiais pobres ou trabalhando sobre a imagem dos mesmos. Textos, frases, símbolos, vinil, um livro, uma singular pá, desenho no papel, na parede, fotografia em papel, na parede, caixas de cartão com selos de correio com as moradas de artistas, etc. Podemos constatar o recurso a métodos e medias tão dispares como a gravação em estúdio de um álbum experimental, a confecção e a oferta para consumo de um peculiar e gigante bolo com chocolate, ou a produção de um género de “lago” com dimensões admiráveis - onde convida outros artistas a apresentar trabalhos nesse contexto de exposição instável e produzindo padrões de imprevisibilidade -, a performance e os registos audiovisuais de uma conversa com o artista basco Javier Tudela (Vitoria 1960) a partir de um artigo no qual debatem o estado do próprio projecto “participativo” e “relacional” (que Alexandre A. R. Costa propõe com “Que podes fazer perante o desaparecimento da Utopia?”).
Todo este complexo universo processual é apresentado com uma particular “depuração estética”, sendo que esta é apenas uma ideia daquilo que poderemos encontrar na Galeria da Oficina Cultural daquela Instituição de Ensino Superior.
Será importante referir que o próprio título “Nice to see you Ms. Hollow” indica-nos uma experiência ao desconhecido e paradoxal mundo da sombra e do transparente, da correspondência e das im-possibilidades da não-comunicação, e daquilo a que Alexandre A. R. Costa se refere como “...um projecto como a Black Hole Entropy”. Esta exposição, a sua metodologia e produção é uma abordagem insubmissa às apresentações tradicionais do objecto artístico, incluindo aquelas vinculadas aos mercados da arte, estimulando o potencial crítico nos circuitos especializados e no público em geral, promovendo uma experiência “relacionalmente crítica” no centro do processo prático e teorético de Alexandre A. R. Costa.
Lá estive com um trabalho: 22.50 (15' M) - Alexandre A. R. Costa (instalação/performance/conferência)23.05 / 23.20 - O estado da arte, por Alexandre A. R. Costa" (10' D - 23.30)
Da esquerda para a direita: Zé Pedro, Scheneider, Rui, Alexandre, Vitor (Vitamina), Luís nota: falta nesta foto o nosso baixista Gorden, que tivera um acidente umas semanas antes, tendo sido substituido pelo Zé Pedro para este 1º concerto.
Depois de precisamente 20 anos, no mesmo dia do 1º concerto (22 de Dezembro), a minha banda com influências de outras como os The Sound, Echo..., Sonic Youth ou Pixies, junta-se para dar um concerto... é mesmo assim...eu tinha 16 anos e nós tínhamos uma banda rock post-punk...
Até lá! ... vai ser um jantar de Natal daqueles à António Sérgio/Som da Frente...
A banda: A Cultura Geral 89.
O concerto: "Em 1989 não poderíamos ser mais específicos!".
Repertório: 8 temas originais repescados desse 1º concerto.
Onde: ...vai ser no Praça...o novo espaço em VNF a convite do Paulo Brandão!
VAI HAVER JANTAR COM DOCUMENTÁRIO PROJECTADO... E TUDO ; ))
Convido-vos para uma conversa de fim de tarde, pelas 18h. na próxima sexta-feira dia 29 de Maio na galeria serpente - arte contemporânea, local onde decorre a minha exposição individual "banca de artista".
O mote da conversa apresenta-se como "medias e mediação tecnológica na prática artística contemporânea", tendo-lhe dado um título um pouco mais difuso:
Conversas sobre tudo, nada e outros resíduos.
Apareçam e aproveitem a oportunidade para ainda verem a exposição que encerra no dia seguinte,
Reportagem televisiva (programa Cultura Viva) sobre a minha exposição individual "Banca de Artista" patente de 18 de Abril a 30 de Maio de 2009 na Galeria Serpente - Arte Contemporânea, zona pedonal da Rua Miguel Bombarda, Porto. Explico de certa forma nesta pequena entrevista, como esta exposição propõe uma reflexão sobre o artista e a prática artística contemporânea...
O som adaptado nesta peça televisiva pertence ao projecto "g.v. - guitarras variáveis" do Pedro Almeida e foi gravado ao vivo no Museu Abade Pedrosa em 07/02/2008 com a participação de João Hora, Horácio Marques e Pedro Almeida. Projecto que apoio de forma incondicional e com o qual colaboro como músico de forma "variável" quando surge o convite, respeitando o espírito do projecto.
«Banca de artista» deverá ser entendida como uma proposta que se inscreve num território de abordagens processuais e sistémicas. Uma reflexão sobre a prática artística contemporânea, como sendo um sistema aberto, dinâmico e complexo que marca presença pela sua própria indefinição. A emergência e determinação da obra, são neste processo sempre motivo de interrogações e experimentações numa busca do ímpeto imaginativo.
Entre vários materiais/meios/tecnologias/ferramentas, elementos físicos e outros conceptuais, os próprios sistemas sociais e os seus componentes (por onde o artista deambula), são aqui entendidos e propostos como factores de uma metodologia própria. Apresenta-se a “procura” de um posicionamento (paradoxalmente indeterminável) da prática artística ou do próprio artista, que lidando com pressupostos de instabilidade, dispersão, irreversibilidade, disseminação, perda ou dissipação, tenta organizar-se cada vez mais de uma forma autonomizada, conectando-se com o essencial e o afectivo no “centro explosivo” desta etapa complexa do conhecimento.
Caos e ordem não são aqui propostos como extremidades de um sistema em equilíbrio, mas sim partes de um processo específico, no qual o caos não deverá ser entendido como algo indistinto e dialecticamente concertado nessa procura de equilíbrio. Antes ele habitará numa permanente instabilidade, sendo ele mesmo um espaço de origem da própria figura da virtualidade.
Kos Drovich e Alexandre A.R. Costa Atelier do artista, 2007, Portugal (direitos reservados)
Detalhe, Desenho: "Estudo para uma hipoteca" Alexandre A.R. Costa
2007
(direitos reservados)
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Excerto da entrevista do crítico de arte, Kos Drovich a Alexandre A. R. Costa, a partir da visita ao atelier do artista em Agosto de 2007, em momentos de preparação da exposição a realizar em Berlim em 2008, numa das galerias com as quais o artista trabalha:
Projecto:
ESTUDOS PARA UMA APSIQUIA DA EDIFICAÇÃO
Estudos - Desenho
K. D.: Que significa portanto aqui esta aparente dicotomia entre crítica social e celebração de afectos privados ou semi-privados?
A. A. R. C.: Entenda-se que a abordagem que me interessa aqui vai na questionação de sistemas filosóficos conservadores, quantas vezes ditos “Modernos” ou “Pós-Modernos” e que aclamam de forma camuflada por uma edificação moral da sociedade. A minha forma de registo neste processo depara-se com situações nas quais me revejo a nível de afectos e impulsos momentâneos tidos como importantes em planos de criação de estórias outras… estórias nas quais se perscrutam entendimentos sobre o real enquanto sintonia com o imaginário. Este relacionado de forma intrínseca com estados mentais conscientes da existência de núcleos particularmente conservadores que não me interessam de forma particular, dando relevo a outras vivências, outros momentos e recorrendo a imagens de pessoas que se cruzam no meu percurso de forma casual e curiosa, destaco símbolos numa intenção crítica por exemplo, em contraste com estes registos que se encadeiam dando uma noção de inter-conectividade e ambiente festivo…
K. D.: É então um processo crítico e ao mesmo tempo de celebração?